Este trabalho se volta para o ato de assimilar duas materialidades completamente distintas – uma que é viva e vegetal e outra sintetizada como sacolas plásticas – produzindo realidades contrastantes que emanam reflexões sobre conjunturas existenciais profundas, enraizadas num contexto contemporâneo da produção de vida e morte. Desse modo, tendo em vista as relações danosas que se estabelecem a partir desse regime macro e micropolítico, esta ecoperformance expõe os movimentos de aproximação e distanciamento para pensar a relação que se cria com a natureza e com a própria vida.

A partir desse contexto a obra tem o desejo de convocar no público a uma discusão sobre os modos como as sociedades ocidentais capitalistas têm destruído as relações ecoreferenciadas, esgotando as forças de produção vital que sustentam as bases da vida. Sobretudo, reprimindo e devastando violentamente populações que manifestam esse impulso vital, tal como os povos indígenas, as florestas, os mares e os corpos desobedientes.