Este é um trabalho que se propõe a fazer pensar quais relações estabelecemos com o planeta em que vivemos, sobretudo no que diz respeito ao modo como estamos cuidando dos elementos que sustentam as bases da vida. Nesse caso a terra, onde tudo nasce, cresce e se transforma. Este trabalho se propõe a isso quando se coloca em contato com a terra, o chão, o som da terra esfregando por entre as mãos, um corpo que se conecta com seu campo sensível e tenta tornar-se disponível para os elementos que e fazem tão necessários para a existência da vida. O ar, água, os microrganismos presentes na atmosfera, da terra, as plantas. Registrando, aprendendo e criando a partir do corpo, do vídeo e da composição entre as proposições.

Nesse contexto, a corpa que toca a terra é trans. O toque é uma maneira de restaurar as bases do que faz a corpa permanecer viva. Regenerar. Suspender a queda para fortificar a corpa. Corpo enquanto rocha, corpo enquanto ecossistema. A crosta terrestre sente a vibração das corpas que silenciam, das que gritam pelo direito de existir. Sou ecossistema pulsante de vida. Somos.